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SALVAÇÃO, UM MILAGRE DE DEUS

"Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber: os que creem no seu nome; os quais não nasceram da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" João 1:12-13


Marco Antônio de Morais Alcantara


Um dos aspectos controvertidos da teologia cristã é o de até onde atua a soberania de Deus, e até onde vai a contrapartida do homem, na salvação. Neste sentido eu gostaria de chamar atenção de alguns fatores, acerca do estado espiritual de um homem antes de sua conversão:

De acordo com a vida espiritual: morto.

De acordo com a nossa atividade espiritual: inativos.

De acordo com a nossa amizade com Deus: Inimigos.

De acordo com a nossa proximidade de Deus: separados dele, e fugitivos dele.

De acordo com a nossa tendência de fazer as coisas que agradavam a Deus: forte inclinação de fazer exatamente o contrário do que lhe agrada...

Este era o nosso quadro antes de nos convertêssemos a Deus. Como diz o texto em Efésios 2:1, Cristo nos deu vida, quando nós estávamos mortos em nossos delitos e pecados. Por esta razão, éramos inativos e não tínhamos qualquer “atividade” no plano espiritual. Quanto as nossas obras, mesmo que tentemos buscar e até mesmo encontrar alguma atitude altruísta em nós, verifica-se que a nossa tendência natural sempre foi a a de fazer preferencialmente aquilo que não agrada a Deus. Como diz ainda o texto bíblico, em Efésios 2:2, “andávamos outrora segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência”.

Isto mostra como éramos rebeldes para com Deus, ou, inimigos propriamente dito. Como diz o texto em Salmos 14: 3: “Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer”. ainda o profeta Isaías confirma: "Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho... (mas fez recair sobre ele a iniquidade de nós todos)" Isaías 53 6.

Isto é o retrato daquilo que chamamos de depravação total do homem para com Deus, o qual encerra a todos sob igual situação: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23).

Por tudo isso nós podemos dizer inicialmente que não somos capazes de nos salvar, ou de “fazer acontecer” os fatos para a nossa salvação; ou ainda, de que conseguiremos carregar sozinhos a nossa vida espiritual, após a salvação, pelo nosso próprio esforço.

Fazer uma decisão por Cristo não é sinônimo apenas de uma escolha pessoal, assim como, a perseverança na fé não é o resultado alcançado de uma determinação humana.

Naquele dia, ou naquele instante em que você creu, e a sua vida mudou, houve algo a mais do que o seu possível exercício intelectual, somado a uma provável contrição, que o levaram a se dobrar perante Cristo, e de o aceitar como o seu salvador pessoal. Aliás, essa experiência acontece de maneiras diversas para com os que creem, muitas vezes de modo até curiosos e inacreditáveis. Basta ver o exemplo do malfeitor que ali na cruz, ao lado de Jesus, o aceitou e foi salvo naquele instante.

A Bíblia nos diz em João 1:11 a 14 que Cristo “veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber: os que creem no seu nome; os quais não nasceram da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”.

Quanto à perseverança cristã, o homem não é capaz de dar a sua contrapartida por si mesmo, e isso é apresentado em João 2:24-25, dizendo que Jesus sabia o que era a natureza humana, e por isso o homem não poderia ser confiável quanto ao seu ânimo próprio. O salmo 103:14 também nos diz que Deus, o Pai, “conhece a nossa estrutura, e sabe que somos pó” ( e nesse sentido ele é um pai que se compadece e perdoa; afasta de nós as nossas transgressões).

A explicação de tudo isso que apresentamos é que o mesmo Deus que salva, redime, através do sangue de Jesus Cristo, é também aquele que nos sustenta até o dia final de nossa carreira cristã.

Como diz o texto de Paulo em Efésios 1:13-14, “...em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo também nele crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória”.

Isto concorda com um outro versícula da Bíblia que diz: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus” ( Filipenses 1:6).

Seja a santificação, algo que vem após a conversão, como qualquer maneira que ela for compreendida, ela dependerá essencialmente da atuação de Deus no coração através do seu Santo Espírito, sendo incapaz de ser realizada pelo esforço humano.

Como se vê, não fomos nós quem inventamos a nossa salvação, e nem conseguiríamos conservá-la por muito tempo, senão pelo auxílio do Senhor.

Uma observação, é que, não fomos salvos por ter sido considerados dignos, pois “pela graça sois salvos por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus, não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9).



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