"Os céus por sua palavra se fizeram, e pelo sopro de sua boca o exército deles. Ele ajunta em montão as águas do mar; e em reservatório encerra as grandes vagas" Salmo 33:6-7
Este artigo não tem por finalidade estabelecer uma confrontação entre a Bíblia e a ciência, uma vez que não considero isto maduro para a fé cristã, ainda que a Bíblia e a ciência têm diferentes propósitos. Também, o artigo não tem por finalidade validar os escritos científicos através da Bíblia, uma vez que a ciência já é constantemente auto avaliada com a sua própria metodologia científica, sob provas de hipóteses, com as possíveis consagrações de novos modelos que melhor lhe atendam as suas questões, surgindo, inclusive, das respostas novas indagações, conduzindo a novas reflexões. A Bíblia por sua vez tem por fim falar da vida de Deus com os homens em primeiro lugar, e, muitas vezes a sua linguagem é diferente da linguagem científica.
Para física clássica newtoniana o espaço e o tempo não se mostram afetados pelo movimento. Já para a física moderna, com base na teoria da relatividade de Einstein, quando se consideram partículas em movimento próximas da velocidade da luz, o tempo passa a ser afetado pela velocidade, assim como, o espaço pode ser afetado pela intensificação das forças da gravidade. Desta forma, os buracos negros são entes conhecido que se caracterizam por concentrar grande quantidade de matéria e de energia em um infinitésimo, sugando uma grande quantidade de matéria do universo à sua volta, atraídas pela sua gravidade. Nem a luz escapa a sua ação. Os buracos negros tiveram existência teórica, sendo então procurados e rastreados através de observações de anormalidades no movimento das estrelas, e supõe-se hoje que exista um deles próximo do centro de nossa galáxia. Como ninguém teve acesso a esse tipo de lugar, questões se levantam, em especial, sobre o que estaria na outra extremidade ou saída de um buraco negro. Portais para outros universos?
Esta questão intrigou Stephen
Hawking, que visualizou nos buracos negros um modelo teórico para explicar a
criação do universo conhecido. Se por um lado um buraco negro armazena a matéria e a
energia em um minúsculo ponto, o contrário, implicaria em uma devolução, e expansão,
uma explosão ou um “Bing-Bang”. O universo de Stephen teria um início e um
desenvolvimento, concomitante com a sua expansão. Uma questão a ser superada
pelos físicos modernos seria a conciliação entre as forças que afetam o
universo microscópico, relativas à mecânica quântica, com as que afetam os grandes corpos, e, partir de então,
elaborar-se uma lei unificada que envolva tanto o microcosmo, eletromagnético,
como o macrocosmo, gravitacional; seria a conhecida “teoria do tudo”.
Por outro lado, a teoria das cordas sugere que, antes de tudo, um mundo de partículas elementares poderiam se
encontrar ressonando como se fossem cordas em movimento. A matéria e a energia
seriam o resultado da vibração de filamentos, os quais poderiam compor, por exemplo,
os componentes dos átomos. Ainda, segundo a teoria das cordas, o universo seria composto de multi universos, com a existência de universos paralelos ao nosso conhecido
universo. Esta teoria concebe a existência de até 10 dimensões, onde, estaríamos inseridos na terceira dimensão, limitados pelo tempo. Um determinado ser poderia estar situado em alguma de outras dimensões, com implicações de
limitação ou de maiores condições de ação. Estas implicariam em, por exemplo,
poder viajar no tempo, ou de migrar de um universo para outro. Inclusive, de poder
interferir nas leis naturais de um determinado universo.
Uma questão que se levanta é:
Estaria a Bíblia isenta acerca destas questões? Ou, A Bíblia fala a mesma linguagem?
Lemos em Genesis 1:1 que, “no princípio
criou Deus os céus e a terra”.
Ainda, Hebreus 11:2 nos diz que: “Pela
fé entendemos que o universo foi formado pela Palavra de Deus, de maneira que o
visível veio a existir das coisas que não aparecem”.
Quando se fala em “princípio”, se
pode compreender como sendo o início de tudo, inclusive do tempo. Tudo veio do nada,
a partir de um provável Bing-Bang, de onde surgiu espaço-tempo. De um ponto
insignificante, veio o macro universo como conhecemos. O universo está em
expansão, como atesta a ciência.
Uma questão interessante é
distinguir os céus, e a terra. O primeiro poderia ser compreendido como o
espaço celeste que permeia a terra, ou mesmo os espaços celestiais e, a terra sendo o lugar em que se passa a nossa
vida. Como já dito anteriormente, a Bíblia tem por fim falar da vida
de Deus com os homens em primeiro lugar, e muitas vezes a sua linguagem é
diferente da linguagem científica.
Duas coisas estão em coerência entre o universo de Stephen e a Bíblia. O universo teve um ponto de partida, que
este surgiu do nada visível ou compreensível como matéria a qual nós conhecemos
hoje.
Ainda no sentido de que o
universo foi formado pela palavra de Deus, a Bíblia diz no evangelho de João
capítulo 1, versículo 1 que “No princípio era o verbo, e o verbo estava com
Deus, e o verbo era Deus”. Seguindo, no versículo 2 diz que “Ele estava no
princípio com Deus”. Em seguida o versículo 3 diz que “Todas as coisas foram
feitas por intermédio dele, e sem Ele nada do que foi feito se fez”.
O Salmo 33:6 diz: "Os céus por sua palavra se fizeram, e pelo sopro de sua boca o exército deles".
O Salmo 33:6 diz: "Os céus por sua palavra se fizeram, e pelo sopro de sua boca o exército deles".
Este verbo da vida é referido à Jesus
Cristo, e indica uma ação dinâmica, similar ao que segue em Gênesis no capítulo
1, onde, da voz de ordenança de Deus, vão surgindo todas as coisas criadas.
Segundo a frequência da voz de Deus, estariam então entrando em ressonância as
partículas ou filamentos que permeiam os espaços, e formando todo tipo de matéria
ou de energia?
No que se refere aos multi
universos, estariam eles em contradição com o contexto que é apresentado na
Bíblia?
Um escritor contemporâneo, A. W. Tozer,
no livro intitulado por “À procura de Deus”, ao falar em sentir a realidade de
Deus, este considera que o mundo espiritual é como algo que está “ao lado” de
nós, e que podemos senti-lo.
Na verdade, quando pensamos no
Céu, o que pensamos é em algo muito que está muito lá em cima de nós. Acho
curioso que alguns especulam sobre onde está a Nova Jerusalém, havendo até quem
interprete imagens celestes providas dos mais recentes telescópios como sendo
ela. Mas, estariam as coisas separadas fisicamente?
Os cientistas especulam sobre portais
de um universo para outro, havendo até quem especule que um buraco negro seja
um destes.
A Bíblia menciona sobre alguns
lugares particulares, tais como:
-O lugar da morada de Deus. “O
Senhor, porém, está no seu santo Templo; cale-se diante ele toda a Terra”.
Habacuque 2:20. No Salmo 11:4 diz também que "O Senhor está no seu santo templo; nos céus tem o Senhor o seu trono; os seus olhos estão atentos, e as suas pálpebras sondam os filhos dos homens". No Salmo 103: 19 diz: "Nos céus estabeleceu o Senhor o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo".
-O inferno. Lugar de sofrimento e
de condenação, o qual Jesus adverte sobre ele em suas pregações, conforme passagens
do novo testamento, inclusive, quando fala da sua Igreja, utiliza a expressão “as
portas do inferno”, não prevalecerão contra Ela. (Mateus 16:18).
-A terra também é um espaço bem
definido nas escrituras, lugar onde vivem os homens, visitado por Deus através
das manifestações que são apresentadas no velho testamento; lugar onde o Diabo
veio tentar Eva, e concomitantemente Adão; lugar onde Jesus Cristo se encarnou,
e lugar que tem sido alvo das dispensações de Deus, e que está reservado para
os eventos escatológicos.
-Deus pergunta a Jó sobre um lugar particular. "Porventura te foram reveladas as portas da morte, ou viste essas portas da região tenebrosa?" Jó 38:17.
-Deus pergunta a Jó sobre um lugar particular. "Porventura te foram reveladas as portas da morte, ou viste essas portas da região tenebrosa?" Jó 38:17.
O Salmo 34:7 nos diz que “O anjo
do Senhor se acampa ao redor dos que o temem, e os livra”. Eu particularmente
nunca vi anjos. Mas já experimentei inúmeros livramentos.
Uma passagem bíblica interessante
é a que é apresentada em II Reis 6:8-23. Os siros haviam sitiado a cidade onde
estava o profeta Eliseu. O seu servo, Geazi, muito se apavorou vendo as tropas
que haviam cercado a cidade, e disse “Ai! Meu Senhor! Que faremos"?
Disse-lhe o profeta: “Não temas;
por que são mais os que estão conosco do que os que estão com eles”.
A Bíblia diz que orou Eliseu,
para que Deus abrisse os olhos do rapaz, e então este viu que “o monte estava
cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu”.
Sobre passagem em Gênesis nós
vemos que Enoque foi tomado por Deus para si, assim como, Elias, andando com Eliseu, na transferência do seu ministério para este, foi separado dele por um carro de fogo que o tomou, sendo este levado ao céu
por um redemoinho (II Reis 2:11).
No novo testamento temos relatos interessantes.
No novo testamento temos relatos interessantes.
Estevão, em frente aos que lhe
confrontavam, “cheio do Espírito Santo fitou os olhos no céu e viu a glória de
Deus e a Jesus que estava à sua direita” (Atos 7:55). Quando relatando isso,
incitou mais ainda a ira dos que se lhe opunham, os quais o levaram para ser
apedrejado; e este, rogando ao Senhor que não lhes imputassem este mal, entregou
o seu espírito (Atos 7:59-60).
Em Hebreus 12:1 temos a seguinte exortação: "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo o peso, e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.
Quem seria esta nuvem de testemunhas. No texto citado de Hebreus ela se refere aos que venceram pela fé, e compõem hoje o que chamamos de a Igreja triunfante, diferenciada da Igreja militante, que temos hoje aqui na terra. Em Lucas 20:38 Jesus, defendendo a ressurreição dos mortos, disse aos israelitas que "Deus não é Deus de mortos, mas sim de vivos", referindo-se aos patriarcas de Israel, Abraão, Isaque e Jacó, "porque para Ele todos eles vivem".
Ainda outros exemplos podem ser
encontrados na Bíblia, se pesquisarmos.
Uma coisa se observa, que lugares
específicos apresentados na Bíblia não são acessíveis se alguém procurar chegar
até eles. Não são as distancias físicas que estão em jogo, mas protocolos, e
portais.
Uma outra coisa é que existe um
Senhor sobre todas as coisas, e que tem todos os domínios ao seu alcance, assim
como a chave de todos os protocolos.
Uma questão importante é que de
nossa limitada dimensão nós podemos contatar este Senhor nos céus, através da
oração. O protocolo é o nome de Jesus, e o caminho é o que ele abriu através do
seu sangue aqui derramado na cruz.
“Tendo, pois, intrepidez para
entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele
nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre
a casa de Deus, aproximemo-nos com sincero coração, em plena certeza de fé,
tendo os corações purificados de má consciência, e lavado o corpo com água pura.
Guardemos forme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa
é fiel” Hebreus 10:19-23.
“Se com a tua boca confessares a Jesus
como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo” Romanos 10:9