O Salmo 75 é um salmo de Asafe. Este se ocupou em engrandecer a Deus como o juiz da terra.
No versículo 2 do Salmo 75 Deus diz, através do texto do salmista: “Hei de aproveitar o tempo determinado; hei de julgar retamente.
Este salmo vem a nos remeter aos dias de hoje; diante de tantas injustiças, e de coisas que jamais cogitaríamos em ver.
Chegamos à nos perguntar sobre o porquê de não se levantar da terra as forças que abateriam os opressores, os homens do mal, sejam eles os poderosos, os juízes tiranos da terra, ou mesmo religiosos oportunistas, que se apossam da vida de inocentes, com base em uma lei de intimidação, utilizando até mesmo a própria escritura, tomada fora do contexto, ou distorcida.
Em Eclesiastes, no capítulo 4, nos é apresentado até que ponto pode chegar a atitude dos homens, para com a opressão dos mais fracos, e, o autor diz que: "melhor eram os que ainda não haviam nascido, e visto a opressão que se faz debaixo dos Sol".
Mas Deus, no versículo 3, do Salmo 75, já nos adverte que Ele sabe o que está fazendo; que não deixemos de crer que Ele está a par de tudo o que se passa, e que não duvidemos da sua soberania. Ele diz: “vacilem a terra e todos os seus moradores, e ainda assim eu firmarei as suas colunas”.
Embora que, para nós tudo esteja aparentemente perdido, Deus não se deixa abalar, e na sua sabedoria, Ele tem o tempo certo para julgar e agir.
Dois tipos de pessoas são destacadas no texto do Salmo 75: os soberbos, e os ímpios.
Acho que essas duas figuras estão bem presentes em nossas sociedades, e temos identificado elas facilmente.
Deus repreende a arrogância dos soberbos, e a força dos ímpios.
O mesmo salmista, Asafe, fala no Salmo 82:4: “socorrei o fraco e o necessitado, tirai-os das mãos dos ímpios”.
Os soberbos confiam em si mesmos, e se engrandecem nas suas próprias forças.
Mas Deus já está declarando que esses tipos já estão condenados ao fracasso.
A nossa tendência é a de agirmos de modo irrefletido, e buscar auxílio naquilo que achamos que será o livramento.
Mas Deus diz, de forma figurada, que “não é do oriente e nem do ocidente, e nem ainda do deserto que vem o auxílio”.
Que tomemos em consideração sobre de onde temos buscado auxílio e confiado.
Nós podemos colocar tudo a perder, quando corremos para a direção que julgamos promissora, mas sem a intervenção de Deus.
Ainda, a vida e a sorte de todas os homens estão na mão de Deus, e não no nosso controle.
Isto por direito de criação e de soberania.
Como diz o versículo 7, do Salmo 75: “A um abate, a outro exalta”.
Como diz o apóstolo Pedro: “Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça”( I Pedro 5:5); e ainda segue...”Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, vos exalte” (I Pedro 5:6).
O texto ainda segue com o versículo seguinte dizendo: “lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.”
Observemos como a palavra “tempo oportuno”, ou “tempo determinado”, é explorada tanto no texto do salmista como na carta de Pedro.
Por mais que não consigamos compreender, pelo uso da razão, tudo o que está se passando, que coloquemos a nossa esperança e a nossa dependência exclusivamente em Deus, e que, pela nossa falta de resposta, ou pela nossa ansiedade em resolver os problemas, não venhamos a nos precipitar pelos desertos da vida.