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AS MULTIDÕES SEDENTAS DA VEZ

Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor 
Mateus 9:36  
Foto Créditos: Marcos Santos
Fonte: Banco de imagens USP

Nos tempos de Jesus ainda não havia Igreja, senão os estatutos do povo hebraico, os sacerdotes e escribas, levitas, e a expectativa de que viria o Messias, o qual, os libertaria do jugo imposto pelos romanos, segundo a versão da época. A mulher samaritana, por sua vez, reconheceu a Jesus como o Messias que viria, e ensinaria todas as coisas acerca de como adorar a Deus (João 4:25).


O povo andava dividido entre alguns movimentos religiosos da época, como, em particular, o dos fariseus e o dos saduceus.

Os fariseus impunham o cumprimento das leis à risca, de modo a não haver lugar para a misericórdia diante da fraqueza de um penitente.  Procuravam novas compreensões da lei, de modo a torna-la mais rígida ainda. Impunham pesados fardos sobre os seus seguidores. No entanto, eles mesmos não se prendiam aos mesmos protocolos que eles impunham (Mateus 23:4).

Dentro do contexto da época, diz a Bíblia que Jesus, vendo as multidões, “compadeceu-se delas, por que estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não tem pastor” (Mateus 9:36).

Jesus Cristo veio com a sua mensagem salvadora e regeneradora, de modo a atrair para si as multidões. Se apresentou como a "água da vida", como o "pão do Céu", e que, quem não "comesse da sua carne", e não "bebesse do seu sangue", não teria vida em si mesmo, e que, quem o fizesse, teria a vida eterna, e Ele o ressuscitaria no último dia (João 6:53-54).

Jesus Cristo andou com os pecadores e não hesitou em levantar aquele que estivesse caído, contrariamente a ordem social da época. Jesus rompeu com as tradições legalistas da época, e falou de um reino que não seria deste mundo.  

Suas são as palavras: Vinde a mim todos os que estão cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei... Tomai de mim o meu fardo e aprendei de mim, por que Eu sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas (Mateus 11;28).  

Após tanto tempo em que Ele cumpriu o seu ministério, realizou a obra expiatória pelo pecado, e foi assunto aos Céus, a sua mensagem se espalhou e hoje não são poucos pastores que podem apascentar o rebanho espiritual, com a sua assistência, conforme a grande ordenança de ir, batizar, e fazer discípulos, onde Ele disse: eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação do século.

Por outro lado, nos dias atuais, não obstante a tudo o que se conhece das escrituras, temos não poucos “desigrejados”, e pior, descrentes pelo próprio evangelho que é pregado ou vivido.

Se por um lado, crentes são perseguidos em outros países, aqui no Brasil, com tanta liberdade para o cristianismo, multidões continuam sedentas, sem ter quem as alimentem com a boa doutrina. De antemão informo que não estou querendo generalizar, mas, os dias atuais têm sido marcados por uma série de patologias espirituais, em meio a um grande fomento no meio chamado “evangélico” aqui no Brasil.

Talvez porque muitos estão fazendo o inverso. Ao invés de alimentar ovelhas com a Palavra de Deus, com a exortação, e com a assistência espiritual, estão mais preocupados em tosquiar as ovelhas.

Ao invés de se dar para as ovelhas, como o fez Jesus Cristo, estão mais preocupados em serem servidos pelas ovelhas.

Ao invés de dar o alimento espiritual, estão promovendo “estelionato espiritual”, com promessas que não podem ser concretizadas dentro do genuíno evangelho.

Para alguns, ainda, o crente não é mais visto como alguém confiado pelo mestre, para ser alimentado espiritualmente, mas como um “cliente”, e um consumidor.

Temos visto uma categoria de pregadores que, ao invés de se engajar em uma missão, como fez Jesus, estão mais preocupados com a sua segurança, com a sua “reputação social”, de modo a “estar bem” com o poder dominante, não obstante que este imponha leis opressoras.

Muitos começaram como chamados para a obra, vocacionados, e hoje militam por realizar uma agenda pessoal. Suas vocações foram um “estelionato ao Reino de Deus”.
Como disse Paulo à Timóteo, “haverá tempo em que não suportarão mais à sã doutrina” (II Timóteo 4:3).

Acho que hoje Jesus continua a clamar por mais trabalhadores para a sua obra, em especial, que estes sejam fiéis aos seus princípios e aos seus ensinamentos

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