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A SEDE DO DEUS VIVO

Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma.
A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?
Salmo 42:1-2


A sede é o anseio por alguma coisa da qual necessitamos. Não somente necessitamos dela, como também ela é vital para a nossa vida. Acho que todos nós nos remetemos para o caso da água. A falta dela nos faz definhar, murchar, e, até mesmo, de perdermos a nossa condição de subsistência.

O salmista neste texto apresenta a Deus como sendo a água de que ele tanto necessitava; para alimentar a sua alma. Ele se manifesta com tendo sede do Deus vivo.

O que seria o Deus vivo, senão aquele que não está morto? Um Deus não inanimado, mas presente, e que se comunica, de modo que o podemos sentir? Um Deus pessoal que sente, pensa, se alegra e se entristece, assim como nós, e, um Deus com o qual se pode ter intimidade?

Este sentido é completado quando o salmista interroga: quando irei e me verei perante a face de Deus?

O salmista não estava aqui falando sobre a sua morte, e que, se fosse, ele já estaria dando um atestado de fé e de confiança acerca do seu futuro; mas, compreende-se que ele estava entristecido por estar distante do Deus com o qual ele já comungava regularmente em sua vida cotidiana.



Cremos que o homem foi feito para se comunicar com Deus. Expressões populares atuais até dizem que: “há um vazio do tamanho de Deus no coração do homem”. Um escritor bastante conhecido, A.W.Tozer em seu livro chamado “À Procura de Deus”, ele comenta que: antes de o homem pecar, Deus estava no coração do homem, e as demais coisas ficavam do lado de fora, como o jardim; mas, depois do pecado, Deus foi expulso para fora do coração do homem, e as coisas passaram a ocupar o centro do coração do homem.

O que tem causado a sede de Deus no coração do homem?

Em primeiro lugar, os apelos do próprio Deus, de modo que nos aproximemos dele. Muitos procuram a aproximação de Deus, mas não sabem que, na verdade foi Deus quem lhe tocou antes no coração.  

A correria dos dias atuais também nos faz sentir depressivos, e sedentos; ela nos impede de parar, e de sentir a voz de Deus, ou de nos reservar para algum momento de comunhão com Ele. Ainda, muitos procuram o que está relacionado à Deus, mas não o próprio Deus. Como disse ainda A.W.Tozer: pode o cientista perder a Deus envolvido às belezas de sua criação, assim como o teólogo perder a Deus através da sistemática doutrinária, e assim, permanecerem sedentos. Ainda, muitos vão à lugares religiosos, mas buscando cumprir protocolos propostos de modo a se alcançar uma meritocracia, mas não de encontrar o próprio Deus.

Várias coisas nos impedem de, por nós mesmos, irmos até a presença de Deus. Em primeiro lugar, a separação que existe por causa do pecado. Como diz em Romanos 3:23 :“Todos pecaram e carecem da glória de Deus”.  Isto quer dizer que não temos acesso à presença de Deus mediante os nossos méritos pessoais. Por mais que sejamos esforçados, nenhum de nós irá alcançar mérito para ter o acesso perante o Deus vivo.

Felizmente, também encontramos no versículo seguinte, que, podemos ser: “...justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3:24).

Este Jesus é o mesmo que disse à mulher samaritana, referindo-se à água do poço: “Quem beber dessa água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (João 4:13-14).

Este Jesus, que falou da água à mulher samaritana, também disse ao povo judeu em um dos seus sermões: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome, e o que crê em mim jamais terá sede” (João 6;35).

Então, por tudo isso, entendemos que fomos feitos para estarmos em união e comunhão com Deus, e que, se pelo presente passamos por várias circunstancias, que nos encobrem a visão espiritual, o propósito dele é que nos aproximemos dele para uma união duradoura e eterna, a qual foi possível através da mediação de Jesus Cristo.

“Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)

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